sábado, 19 de janeiro de 2008

Meyong: Duas sem Três


Mais um escândalo no futebol português, uma vez mais com o nome do Belenenses envolvido.

2006/2007. O «Caso Mateus», nome pelo qual ficou conhecido o episódio, foi despoletado devido a acusações do Belenenses devido a supostas irregularidades no contrato do jogador Mateus contratualmente vinculado ao Gil Vicente.

Durante meses a fio estes dois clubes, pela pessoa dos seus respectivos presidentes, Cabral Ferreira (Belenenses) e António Fiúza (Gil Vicente) entupiram tribunais desportivos e cíveis alegando estar em causa a verdade desportiva.

No epicentro da discussão estava a irregularidade contratual do internacional Angolano Mateus, um jogador que teria assinado um contrato profissional sem a permanência (obrigatória) de um ano enquanto jogador amador.

A luta selvática que se desenrolou diariamente nos órgãos de comunicação chegou mesmo a tornar-se uma nova cruzada norte-sul, nas palavras de Manuel Carvalho do Público o «testemunho veemente da velhacaria em que mergulhou o futebol português. (..) onde vegeta tanta gente sem escrúpulos»

Assim sendo, em 2006/2007, o clube de Belém asseguraria a manutenção na Primeira Liga não no campo mas na secretaria tranquilizando os sócios. Afinal mesmo que a equipa de futebol não desse conta do recado, pelo menos tinham um departamento juridico capaz de ombrear com os grande e garantir vitórias “desportivas”.

Mas no melhor pano cai a nódoa. Seria igualmente por um motivo jurídico que toda a estrutura directiva do Belenenses ruiria devido, curiosamente, a um problema contratual de um atleta: Meyong

Dizem as directrizes da FIFA que um jogador se pode inscrever por três emblemas distintos numa só época embora apenas possa jogar por dois.

Meyong, jogador do Levante, jogou alguns minutos na pré-época sendo posteriormente emprestado ao Albacete o que impossibilitava, desde logo, a possibilidade do atleta jogar pelo Belenenses. Por desconhecimento das leis ou por má fé o Levante não terá comunicado o facto ao clube da Cruz de Cristo.

O certo é que o caso Meyong já fez rolar cabeças. O primeiro, o director desportivo do Belenenses, Carlos Janela e o próprio presidente do clube, Cabral Ferreira que alegou demitir-se por «motivos de saúde».

Lá dizem os nossos amigos do outro lado do Atlântico..Pimenta em determinado sítio do vizinho é refresco..

Sem comentários:

Enviar um comentário

A sua opinião conta. Faça-se ouvir enviando um comentário