Pinto da Costa reapareceu uma vez mais ao seu sobejamente conhecido estilo.
Não fossem os manuais escolares a garantirem-me que a terra é esférica, que já tinhamos abandonado o teocentrismo, que a sucessão de estados de tempo e as intempéries não eram explicadas por intervenção ou mau génio divino julgaria, perante as declarações do presidente do futebol clube do porto, que ter-se-ia dado a negação de longos séculos de evolução civilizacional.
Na inauguração de mais uma casa do Futebol Clube do Porto em São João da Madeira o discurso de PInto da Costa foi de um de mediavalismo atroz.
Julguei ver o último reduto cristão a norte nos últimos preparativos antes de iniciar a incurssão rumo a sul a fim de reconquistar a Península Ibérica subjugada ao domínio mouro.
«Eu, infelizmente, não tenho, mas vós tendes um grande presidente da câmara».
«É do poder local que temos que fazer a resistência para com o centralismo absurdo que cada vez mais quer fazer de nós os parentes pobres de um país que nós fundámos».
«Por mais pontos que façam, por mais milhões que nos levem, por mais que nos hostilizem, por mais que nos esqueçam; nos havemos de mostrar que daqui nasceu Portugal e daqui há-de continuar a ser o baluarte número um da nação que todos amamos».
É de facto antagónica a realidade desportiva do Futebol clube do Porto e a evolução do discurso do seu presidente.
Enquanto que o FCP tem vindo a sedimentar o seu estatuto internacional vencendo uma Taça UEFA, uma Liga dos Campeões, um Campeonato do Mundo de Clubes, integrando o G8 da UEFA o seu presidente mantém uma tónica de discurso pigmeu e bairrista. Este discurso só pode ser lido segundo duas orientações: ou estamos perante uma mensagem subliminar para o interior da estrutura do clube ou então é um discurso marcadamente para o exterior.
Primeira hipótese. Jorge Nuno Pinto da Costa sente que a nota de culpa que recebeu por causa do processo apito dourado pode causar instabilidade no clube e então recorre ao populismo arrivista, criando inimigos imaginários, reforçando a adesão de sócios e simpatizantes ao emblema do dragão mantendo assim a coesão interna que tem sido, aliás, o segredo para a hegemonia portista das últimas décadas.
Segunda hipótese. A insistência nesta tónica denota um projecto pararelelo ao desportivo: o político.
Pinto da Costa, um confesso proponente da regionalização, tem-se degladeado por um Futebol Clube do Porto que constitua um motor identitário e económico, por outras palavras, que um clube de futebol seja o aglutinador entre identidade, cultura, economia e sentimento de pertença a uma região, «o povo do norte, o povo mais forte» que os GNR popularizaram.
É do conhecimento público os célebres episódios em que vimos um Pinto da Costa mais afoito nas palavras foram aqueles em que se verificou uma tentativa de intervenção política dos destinos do futebol clube do porto. Recuando a 1994 o episódio da "bomba" por causa de um possível processo de penhora por parte do Estado ao Estádio da Antas e mais recentemente a crispação entre o presidente Rui Rio e Pinto da Costa.
«No meio da nossa euforia, no meio da nossa grande vitória e no meio do grito "Campeões" nós vamos ignorá-los com o desprezo que merecem os vermes, com o desprezo que merece quem não presta, com o desprezo de quem faz do ódio a sua razão de viver».
O Futebol Clube do Porto e os seus adeptos merecem mais do que este discurso instigador de animosidade e de violência. O emprego destas expressões no futebol não trás resultados desportivos, só um ódio exacerbado e uma onda conspirativa numa actividade que necessitada de transparência; cada vez mais.
Deixo aqui também um vídeo que demonstra o manutenção do discurso de Pinto da Costa ao longo dos anos:
Não fossem os manuais escolares a garantirem-me que a terra é esférica, que já tinhamos abandonado o teocentrismo, que a sucessão de estados de tempo e as intempéries não eram explicadas por intervenção ou mau génio divino julgaria, perante as declarações do presidente do futebol clube do porto, que ter-se-ia dado a negação de longos séculos de evolução civilizacional.
Na inauguração de mais uma casa do Futebol Clube do Porto em São João da Madeira o discurso de PInto da Costa foi de um de mediavalismo atroz.
Julguei ver o último reduto cristão a norte nos últimos preparativos antes de iniciar a incurssão rumo a sul a fim de reconquistar a Península Ibérica subjugada ao domínio mouro.
«Eu, infelizmente, não tenho, mas vós tendes um grande presidente da câmara».
«É do poder local que temos que fazer a resistência para com o centralismo absurdo que cada vez mais quer fazer de nós os parentes pobres de um país que nós fundámos».
«Por mais pontos que façam, por mais milhões que nos levem, por mais que nos hostilizem, por mais que nos esqueçam; nos havemos de mostrar que daqui nasceu Portugal e daqui há-de continuar a ser o baluarte número um da nação que todos amamos».
É de facto antagónica a realidade desportiva do Futebol clube do Porto e a evolução do discurso do seu presidente.
Enquanto que o FCP tem vindo a sedimentar o seu estatuto internacional vencendo uma Taça UEFA, uma Liga dos Campeões, um Campeonato do Mundo de Clubes, integrando o G8 da UEFA o seu presidente mantém uma tónica de discurso pigmeu e bairrista. Este discurso só pode ser lido segundo duas orientações: ou estamos perante uma mensagem subliminar para o interior da estrutura do clube ou então é um discurso marcadamente para o exterior.
Primeira hipótese. Jorge Nuno Pinto da Costa sente que a nota de culpa que recebeu por causa do processo apito dourado pode causar instabilidade no clube e então recorre ao populismo arrivista, criando inimigos imaginários, reforçando a adesão de sócios e simpatizantes ao emblema do dragão mantendo assim a coesão interna que tem sido, aliás, o segredo para a hegemonia portista das últimas décadas.
Segunda hipótese. A insistência nesta tónica denota um projecto pararelelo ao desportivo: o político.
Pinto da Costa, um confesso proponente da regionalização, tem-se degladeado por um Futebol Clube do Porto que constitua um motor identitário e económico, por outras palavras, que um clube de futebol seja o aglutinador entre identidade, cultura, economia e sentimento de pertença a uma região, «o povo do norte, o povo mais forte» que os GNR popularizaram.
É do conhecimento público os célebres episódios em que vimos um Pinto da Costa mais afoito nas palavras foram aqueles em que se verificou uma tentativa de intervenção política dos destinos do futebol clube do porto. Recuando a 1994 o episódio da "bomba" por causa de um possível processo de penhora por parte do Estado ao Estádio da Antas e mais recentemente a crispação entre o presidente Rui Rio e Pinto da Costa.
«No meio da nossa euforia, no meio da nossa grande vitória e no meio do grito "Campeões" nós vamos ignorá-los com o desprezo que merecem os vermes, com o desprezo que merece quem não presta, com o desprezo de quem faz do ódio a sua razão de viver».
O Futebol Clube do Porto e os seus adeptos merecem mais do que este discurso instigador de animosidade e de violência. O emprego destas expressões no futebol não trás resultados desportivos, só um ódio exacerbado e uma onda conspirativa numa actividade que necessitada de transparência; cada vez mais.
Deixo aqui também um vídeo que demonstra o manutenção do discurso de Pinto da Costa ao longo dos anos:
Este não se dixa comer pelos mouros
ResponderEliminarTem razão o Pinto da Costa. Portugal é o Norte. A sul viviam os mouros, sarracenos e infieis. E querem eles (mouros) agora assumir o protagonismo do nosso País. Vão-se catar!
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