Muralha da China (China), Taj Mahal (Índia), Petra (Jordânia) Machu Picchu (Perú), Chichén Itzá (México), Cristo Redentor (Brasil), Coliseu de Roma (Itália) são as novas 7 Maravilhas do Mundo.
Apesar da divulgação mediática que o evento e a Declaração das novas 7 maravilhas teve as suas repercussões serão maioritariamente económicas e políticas e não propriamente sociológicas e civilizacionais.
A vantagem de se democratizar o processo de votação, permitindo um sufrágio à escala global com cerca de 100 milhões de votos, levou a uma perda de objectividade na votação dado que critérios subjectivos (proximidade geográfica, consonância ideológica) se sobrepusessem a critérios objectivos (valor patrimonial, valor histórico).
Para os que duvidavam que a geopolítica iria influenciar a decisão basta atentar no facto que, à excepção da Índia, que tem uma clivagem com o Paquistão, nenhum dos países votados (Brasil, Peru, México, Jordânia, Itália, China) é um país marcadamente bélico e despoletador de conflitos.
Por outro lado, países que têm tido um papel activo na política internacional no que respeita a conflitos militares (Estados Unidos, Inglaterra e França) viram os seus monumentos (Estátua da Liberdade, Stonehenge e Torre Eiffel, respectivamente) serem afastados dos 7 mais votados.
Por entre as novas 7 maravilhas há claramente uma que destoa por pertencer à época moderna e, por isso, ser duvidável o seu valor de historicidade; falo pois no Cristo redentor, um monumento situado no morro do Corcovado, inaugurado apenas em 1931.
Não querendo colocar o seu valor estético nem o seu simbolismo em causa, estes parecem escassos quando comparados, por exemplo, com as Pirâmides de Gizé, berço de uma civilização milenar, símbolo de uma construção Faraónica, edificada sem o auxilio de maquinaria pesada, apenas com o labor escravo e técnicas arcaicas.
Estranho também, pelo menos para mim, foi que, na primeira votação verdadeiramente global, o berço da democracia tivesse sido preterido: a Acrópole Grega.
Numa votação que irá, concerteza, aumentar o fluxo turístico para os países vencedores, as três economias mais pujantes do momento (Brasil, Índia e China) viram os seus monumentos figurarem no pódio.
Uma só nota negativa para a organização do evento que se realizou no Estádio da Luz. Perante notícias veiculadas nos órgãos de informação, que davam conta de que, pela simbologia da data (07/07/07) esta seria aliciante para que organizações terroristas perpetrassem um atentado, as autoridades reagiram com uma total permissividade. Na entrada para o Estádio poucas foram as revistas feitas, detector de metais nem vê-los, apenas a presença de polícia de choque como medida de resposta, não como prevenção.
Perante a presença de um corpo diplomático tão vasto e figuras tão mediáticas Portugal não pode continuar a apostar na sorte e a confiar que, por ser um país de brandos costumes, à beira mar plantado, é imune a este tipo de fenómenos.
Amigos, vamos se honestos conosco mesmos! Realmente não entendi ainda a inclusão do Cristo Redentor como uma das 7 maravilhas do mundo atual. Apesar de seu valor como monumento, existem inúmeros neste planeta de importância nítidamente superior.Para ilustrar citaremos A Basílica de Santa Sofia e o Vaticano.
ResponderEliminarOlá,
ResponderEliminarSou gestora de comunidades do Jornal de Debates ( www.jornaldedebates.com.br ), um jornal online colaborativo que periodicamente propõe debates sobre assuntos da atualidade, e essa semana uma das discussões é referente à pergunta "O Cristo Redentor é mesmo uma maravilha?".
Encontrei no seu blog um post sobre o assunto (http://observador21.blogspot.com/2007/07/6-maravilhas-1.html), e gostaria de convidá-lo a escrever um artigo para nós, ou mesmo permitir que publiquemos seu post.
Caso tenha qualquer dúvida, entre em contato.
Grata
Gabriela Nardy
gabriela@jornaldedebates.com.br
Gestora de Comunidades - Jornal de Debates