Há muito que se sabe que o planeta está doente.
Os climas alteram-se, as amplitudes térmicas aumentam, os Verões provocam secas intensas, os inversos trazem enxurradas que varrem tudo à sua passagem. Furações, tsunamis, tremores de terra todos estes sintomas não auguram nada de bom se tudo continuar como até agora.
Em 1997, a cidade de Quioto no Japão receberia os líderes dos países mais industrializados para negociações visando uma redução nas emissões de gases com efeito de estufa. Ratificado a 15 de Março de 1999 o tratado exigia aos signatários uma redução de emissões de pelo menos 5,2% (relativamente aos valores registados em 1990) até 2012. O protocolo incentivava igualmente os países a reformarem os sectores da energia e dos transportes, a optarem por energias renováveis e a limitarem as emissões de metano.
Entre os Países mais industrializados apenas Austrália e Estados Unidos da América rejeitaram o protocolo.
George W. Bush chegou mesmo a acusar o tratado de ser "desleal e inútil" porque deixava de fora 80 por cento do mundo e porque "causava sérios prejuízos à economia norte-americana".
Segundo Inacio Ramonet (Guerras do Século XXI), em 2010, a cobertura florestal poderá ter diminuído 40% relativamente aos valores de 1990. Em 2040, a acumulação de gases de efeito de estufa pode originar um aquecimento de 1ºC ou 2ºC de temperatura média do planeta e uma subida de 0,2 metros a 1,5 metros do nível das águas dos oceanos.
E para aqueles que ainda não se consciencializaram do dramatismo da situação em que o planeta se encontra devem fixar estes números:
- 6 milhões de hectares de terras aráveis desaparecem todos os anos
- Nos últimos dez anos, 14 milhões de quilómetros quadrados (trinta vezes a superfície de Espanha) transformaram-se em desertos
- Todos os anos 6 mil espécies animais são erradicadas do planeta
- Um litro de água é já mais caro do que um litro de combustível
Em 2007, aquando da reunião do G8, a mesma administração Bush que, durante dois mandatos, desrespeitou o tratado de Quioto defendeu a adopção de um plano de longo prazo no qual os quinze maiores emissores de poluentes do mundo, liderados pelos EUA, China e Índia, realizariam reduções nas emissões de CO2.
O plano de Bush para liderar o movimento de luta pelo ambiente mereceu duras críticas por parte de Stavros Dimas, Comissário para o Meio Ambiente «A declaração proferida pelo presidente Bush repete basicamente a linha clássica norte-americana a respeito das mudanças climáticas - nada de reduções obrigatórias e objectivos vagos.»
A militância contra os efeitos nefastos que o homem tem produzido na natureza ganhou novo alento com um americano. O seu nome é Al Gore e trata-se de um dos maiores exemplos contemporâneos daquilo que deve ser a cidadania activa.
Num próximo artigo analisarei a figura do ex-vice Presidente americano bem como o seu filme "Uma Verdade Inconveniente" que retrata as alterações climáticas.
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